Anterior

Gerente de TI da FPS leva prêmio de Executivo do Ano

Marcone Barros, gerente de TIC da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), foi eleito o Executivo de TI do ano na categoria Educação numa seleção realizada pela IT Mídia. 
A premiação aconteceu na última quarta-feira, 20/03, em São Paulo. 
O gestor está na FPS há 10 anos e ressalta a importância da tecnologia na educação: “A tecnologia permite que muitas barreiras sejam ultrapassadas e a educação não tem mais distância”.

Marcone defende que a tecnologia deve sempre endereçar a dor do seu usuário. E para que isso aconteça é preciso, sobretudo, saber ouvir o outro. “Devemos entender o outro lado. Só assim, é possível montar uma estrutura que possa minimizar as dores e dar agilidade para todos os envolvidos”, resume. Essa abordagem empática e integradora é vista no trabalho diário que Barros desenvolve com seu time em tecnologia e em um modelo de inovação aberta firmado pela FPS com startups brasileiras.

Depois de trabalhar no passado em parceria com uma startup para a criação de uma aula gamificada, a FPS seguiu em frente para construir um projeto de realidade virtual para um laboratório virtual de anatomia. A solução foi desenvolvida em parceria com a MedRoom, startup brasileira focada no desenvolvimento de aplicações para treinamento em saúde com VR.

Além da imersão, a solução inclui estratégias de gamificação para o aprendizado. O que se busca com o projeto é oferecer um ambiente que proporcione uma experiência contextual aos alunos e consolide os conhecimentos aprendidos nas aulas de anatomia e fisiologia. Pelo projeto, Marcos Barrone recebeu o prêmio Executivo de TI do Ano 2019, promovido pela IT Mídia, na Categoria Educação. 

A solução em Realidade Virtual permite que o estudante faça uma imersão no corpo humano, visualizando desde pele, músculos, sistema linfático, cardiovascular, sistema nervoso etc, até mesmo “enxergar” dentro do coração. Há ainda casos clínicos nos quais o software oferece, permitindo ao estudante praticar a anamnese completa, realizar avaliação física, exames e proporcionar tratamentos a um paciente, experienciando assim os aspectos críticos da tomada de decisão dos profissionais de serviços de saúde. O projeto de Realidade Virtual conseguiu evitar a construção de mais dois Laboratórios de Anatomia e Modelos no formato tradicional. Segundo Barros, um único laboratório tradicional custaria cerca de R$ 110 mil à FPS.

Todo o software fica hospedado em nuvem e é gerenciado pela MedRoom. Para usufruir dele, estudantes precisam de um headset, um joystick e um notebook. Professores também passaram por um treinamento para utilizar a solução e integrá-la ao plano de ensino. “O desafio é constante, mas é empolgante. Gerar um projeto desse porte nesse momento histórico que vivemos em um mundo em transformação, é um aprendizado que levamos para a vida toda”, destaca Barros.

Abertura à inovação

Barros fala com entusiasmo sobre as iniciativas que a área de tecnologia tem firmado com startups para evoluir o ensino. “É importante focar sempre na sociedade, no consumidor final. É por meio deles que os modelos organizacionais precisam ser repensados e reinventados. Na educação não é diferente. Certamente, esse será o grande desafio das instituições de ensino, educar na era da Transformação Digital”, reflete Barros.

Para entregar soluções que atendam o ensino cada vez mais digitalizado e personalizado, o executivo conta que a comunidade acadêmica da FPS também passou por uma transformação. Os esforços em conjunto renderam um Centro de Inovação dedicado à educação em saúde, batizado de FOZ. Segundo Barros, em seis meses, já foram investidos R$ 1,1 milhão no projeto. A iniciativa conta atualmente com três startups incubadas, seis pré-incubadas com projetos de professores e estudantes.

Barros conta que o centro de inovação está sustentado em três pilares: desenvolver o empreendedorismo, dar poder a estudantes, professores e funcionários para gerar patentes e, por fim, desenvolver a cultura da criatividade e inovação.

“A tecnologia permite que muitas barreiras sejam ultrapassadas e a educação não tem mais distância”, ressalta. Em sua visão, o grande diferencial na educação a distância (EAD) é a customização do aprendizado e aí é que entra as novas tecnologias. E para tornar a educação mais humanizada a partir da tecnologia, Barros diz que é preciso ir além da TI. “Para desenvolvermos isso, não podemos entender só de tecnologia. Temos de entender de educação, ter a ideia do objetivo, metodologias de ensino. Todas essas estratégias educacionais também precisam ser incorporadas pela TI”, defende.

Com informações da cio.com.br

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *